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1.
Belo Horizonte; s.n; 2022. 78 p. ilus, graf, tab.
Tese em Português | Coleciona SUS | ID: biblio-1397969

RESUMO

INTRODUÇÃO: Tromboembolismo venoso (TEV) apresenta incidência elevada em pacientes oncológicos e é importante causa de morbimortalidade nesse grupo. Fatores relacionados ao paciente, ao câncer ou mesmo aos tratamentos empregados podem associar-se com um maior risco de eventos trombóticos venosos. Entretanto, o tema ainda é pouco compreendido e pouco estudado na população brasileira. OBJETIVOS: Avaliar comparativamente aspectos demográficos, histopatológicos e clínicos em pacientes com neoplasias sólidas que apresentaram ou não TEV. Avaliar possíveis fatores associados a eventos tromboembólicos venosos. Analisar as características dos eventos tromboembólicos venosos identificados. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, etiológico, tipo caso controle, não pareado. Foram selecionados pacientes diagnosticados com câncer entre 2014 e 2019, acompanhados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, um serviço público de referência em oncologia. Casos foram definidos como pacientes com diagnóstico de TEV (desfecho) e controles aqueles sem eventos trombóticos. A exposição avaliada foi a realização de algum tratamento oncológico específico (quimioterápico, endócrino, radioterápico ou cirúrgico). Variáveis de relevância clínica foram selecionadas para análise univariada (idade, sexo, estadiamento da doença, sítios tumorais conforme escore de Khorana, realização de tratamento oncológico específico, realização de tratamentos conhecidamente trombogênicos) e potenciais fatores de confusão foram adicionados para análise multivariada. Todos os dados foram coletados por meio de revisão de prontuários médicos. RESULTADOS: Foram incluídos 91 pacientes no grupo casos e 182 no grupo controles (1:2). Ambos os grupos foram semelhantes em relação às características demográficas, histopatológicas e clínicas, porém o grupo casos apresentou maior taxa de mortalidade (30,8% versus 15,9%, p=0,04). Em análise univariada, estadiamento avançado foi associado a maior risco de TEV (OR 1,85; IC 95% 1,04-3,30; p=0,036) e tratamento com hormonioterapia foi fator protetor (OR 0,41; IC 95% 0,21-0,82; p=0,010). Após adição de fatores confundidores, análises multivariadaa mantiveram terapia endócrina associada a menor risco de TEV (OR 0,18; IC 95% 0,07-0,47; p=0,000 e OR 0,41; IC 95% 0,20-0,86; p=0,018), sem identificação de fatores de risco. Internação hospitalar (35,2%) e cirurgia (23,1%) foram os principais fatores de risco presentes nos três meses que precederam os eventos. Trombose venosa profunda (TVP) em membros inferiores ocorreu em 54,9% dos casos e tromboembolismo pulmonar (TEP) em 37,4%. Em relação ao tratamento para TEV, 52,7% dos pacientes fizeram uso de varfarina e 40,7% de novos anticoagulantes orais. CONCLUSÃO: TEV é importante causa de mortalidade em pacientes oncológicos, uma população bastante heterogênea, em que fatores associados podem se comportar de formas diferentes. No presente estudo, hormonioterapia foi fator de proteção para TEV, possivelmente porque pacientes com indicação de terapia endócrina apresentam doença inicial ou metastática controlada, com menor risco para eventos tromboembólicos venosos.


INTRODUCTION: Venous thromboembolism (VTE) has a high incidence in cancer patients, being a cause of significant morbidity and mortality in this group. Several factors are associated with a higher risk of thrombotic events, which may be related to the patient, cancer or even the treatments used. However, this topic is still poorly understood and there are few studies in the Brazilian population. OBJECTIVES: To comparatively evaluate demographic, histopathological and clinical aspects in patients with solid tumors who had or did not have VTE. To assess possible factors associated with venous thromboembolic events. To analyze the characteristics of the venous thromboembolic events. METHODS: This is an observational, retrospective, etiological, case-control, unpaired study. Were selected patients diagnosed with cancer between 2014 and 2019 and treated at the Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, a public service of reference in oncology. Cases were defined as patients diagnosed with VTE (outcome) and controls as those without thrombotic events. Exposure was defined as receiving a specific oncological treatment (chemotherapy, endocrine therapy, radiotherapy or surgery). Clinically relevant variables were selected for univariate analysis (age, sex, disease staging, tumor sites according to Khorana score, specific oncological treatment, known thrombogenic treatments) and potential confounders were added for multivariate analysis. All data were collected by reviewing medical records. RESULTS: Ninety-one patients were included in the case group and 182 in the control group (1:2). Both groups were similar in terms of demographic, histopathological and clinical characteristics, but the case group had a higher mortality rate (30.8% versus 15.9%, p=0.04). In univariate analysis, advanced staging was associated with a higher risk of VTE (OR 1,85; CI 95% 1,04-3,30; p=0,036) and treatment with hormone therapy was a protective factor (OR 0,41; CI 95% 0,21-0,82; p=0,010). After adding confounding factors, multivariate analyzes maintained endocrine therapy associated with a lower risk of VTE (OR 0.18; 95% CI 0.07-0.47; p=0.000 and OR 0.41; 95% CI 0.20- 0.86; p=0.018), without identifying risk factors. Hospitalization (35.2%) and surgery (23.1%) were the main risk factors present in the three months preceding the events. Lower extremity deep venous thrombosis (DVT) occurred in 54.9% of cases and pulmonary embolism (PE) in 37.4%. About treatment for VTE, 52.7% of the patients used warfarin and 40.7% used new oral anticoagulants. CONCLUSION: VTE is an important cause of mortality in cancer patients, a very heterogeneous population, in which associated factors can behave in different ways. In the present study, hormone therapy was a protective factor for VTE, possibly because patients with indication for endocrine therapy have initial or controlled metastatic disease, with a lower risk for venous thromboembolic events.


Assuntos
Tromboembolia Venosa/patologia , Tromboembolia Venosa/epidemiologia , Neoplasias , Dissertação Acadêmica
2.
Rev. méd. Minas Gerais ; 22(supl.5): S28-S31, 2012. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-966709

RESUMO

O consumo de cocaína/crack atinge todos os extratos sociais e grande parcela da população, principalmente os jovens. Esse abuso leva à ampla gama de complicações sistêmicas. No trato gastrintestinal, pode se expressar por manifestações como perfuração gastroduodenal aguda, colite isquêmica, infarto, isquemia intestinal e, raramente, hemorragia maciça. Seu mecanismo fisiopatológico parece ser o vasoespasmo ou vasoconstrição, que pode levar à isquemia, inclusive com necrose transmural. É importante a atenção e vigilância para o abuso de cocaína/crack ao deparar com paciente com dor abdominal inexplicável. (AU)


Cocaine/crack have being consumed by a large portion of the population especially by youth and reaching all social levels. This abuse leads to a wide range of systemic complications. In the gastrointestinal tract, the drug can lead to manifestations such as acute gastroduodenal perforation, ischemic colitis, infarction, intestinal ischemia and, rarely, massive hemorrhage. The most accepted pathophysiological mechanism is vasospasm or vasoconstriction which can lead to ischemia, including transmural necrosis. It is important that physicians to be aware and search recent history of abuse of crack / cocaine when faced with a patient with unexplained abdominal pain. (AU)


Assuntos
Adulto , Úlcera Péptica Perfurada/complicações , Colite Isquêmica/complicações , Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína/complicações , Úlcera Duodenal/complicações , Fumar Cocaína/efeitos adversos , Intestinos/lesões , Ruptura , Cocaína Crack/efeitos adversos , Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína/fisiopatologia
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